Sabe quando você vai ver um filme torcendo para amá-lo? Foi minha postura em relação a A máquina, cujos original (livro de Adriana Falcão) e adaptação (peça de João Falcão) haviam sido inesquecíveis. O filme decepciona justamente porque não consegue superar o teatro. Claro, um cineasta mais experiente (esta é a estréia de João Falcão na linguagem) poderia fazer maravilhas. No resultado final, ficou teatro filmado, com recursos teatrais lindos, bons atores e cenografia, luz etc. Mas nem de longe a magia do espetáculo vivo que quem viu nunca esquecerá, muito menos a infinidade de recursos cinematográficos não usados. Uma pena. Atenção apenas para um detalhe gigantesco: Paulo Autran. Quem viveu e viu, desde Terra em transe, sabe quanto é música para ouvidos e pintura para os olhos ver e ouvir Paulo Autran. Se não fosse pela história legal, pela tentativa de fazer algo diferente (ainda que mal-sucedida), A máquina valeria para ver mais uma vez Paulo Autran.
Beijins!

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