Mongólia, livro de Bernardo Carvalho de dez anos atrás (mas que só agora li), é um daqueles romances de viagem em que uma história pessoal tem como pano de fundo a possibilidade de travar conhecimento com uma cultura extremamente diferente da nossa.

O ponto de partida – a viagem de um diplomata brasileiro aos confins da Mongólia – serve de pretexto para um mergulho naquela cultura, de um povo nômade, que chegou a ser um dos maiores impérios de toda a história, sob a liderança de Gengis Khan, e que viveu durante a maior parte do século XX sob regime comunista, satélite da União Soviética.

O autor carioca mistura os diários de um fotógrafo brasileiro desaparecido no deserto mongol aos do diplomata que o foi procurar e à narrativa de um outro diplomata, responsável por mandar o colega à procura do primeiro. Questões históricas, místicas e políticas se cruzam para traçar um painel formado de mais perguntas que respostas. Mas intrigante em todos os aspectos.

Beijocas!

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