Depois de certa dificuldade em terminar de ler (por problemas do livro e meus), finalmente encerrei O pintor de batalhas, de Arturo Pérez-Reverte. O espanhol, autor de romances deliciosos, como os protagonizados pelo picaresco Capitão Alatriste, neste optou por tema mais pesado e por muita filosofia. Trata de um fotógrafo de guerra que, doente, se recolhe a uma torre perto do mar, onde pinta, na parede interna, cenas vividas ou vistas ou pesquisadas junto a grandes pintores da arte universal. Só que sua solidão e as lembranças da mulher amada e perdida no cenário da guerra são interrompidas pela chegada de um homem fotografado por ele anos antes, durante a guerra dos Bálcãs. O croata anuncia que vai matá-lo e, entre eles, estabelece-se um longo e agoniante diálogo sobre o papel de cada um nos acontecimentos da vida. O romance caminha para um desfecho que custa a chegar pelo excesso de embates filosóficos. Ao final, importantes questões são levantadas para reflexão.

Beijocas!

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