Como o mundo está mesmo globalizado, cá estou eu, aos 34° do calor de São Luís. Antes de sair de Brasília, acabei de ler O adiantado da hora, do Carlos Heitor Cony, um romance que é uma viagem. Em tom de humor aberto, ele conta a história de um homem que vai à Região dos Lagos, no Estado do Rio, investigar, a mando do patrão, uma suposta trama para construir uma bomba atômica em Cabo Frio! Durante o acordo nuclear entre Brasil e Alemanha, nos idos dos anos 70. No meio do caminho, farsantes, supostos feiticeiros, uma mulher que ressuscitou, um deputado cassado que manteve relações escusas com Madre Teresa de Calcutá… Pura ironia de um escritor completo, que domina bem quaisquer emoções a que se dedique. Aqui tem hora que Cony parece brincar de Saramago, explorando repetições, obviedades não tão óbvias. Uma delícia de leitura.
Beijos, então!
Posts recomendadosVer Todos
Delicada e forte carpintaria literária
Diferentes emoções numa impressionante coleção de contos
Silêncio! Precisamos ouvir o canto da iara
Nas alturas escarpadas da estética
Falta de pensamento e de contato com a realidade, e a canalhice de sempre
Meu mais novo amigo de infância