Ainda estou no Rio. Fresca manhã de outono na Cidade Maravilhosa. Foi ontem à noite o debate do Prosa & Verso sobre futebol na literatura, com Ruy Castro, João Máximo, Hélio de la Peña e esta que voz fala. Os dois primeiros, como vêm da não-ficção e do culto (justíssimo) a Nelson Rodrigues, adotaram uma postura de que nada mais há que dizer sobre futebol e que a ficção não comporta as emoções, sempre imbatíveis, da realidade. Nós dois ficcionistas, Hélio e eu, defendemos a possibilidade de contar novas histórias sobre qualquer tema, sem pretensão de suplantar em dramaticidade a vida real. O público curtiu, participou, lembrou casos, exemplos, nós também. Demos nosso recado, fizemos nosso comercial, sem confrontos. Dei alguns autógrafos no Segunda divisão para leitores interessados, mas o contato mais inesperado foi com um jogador profissional, o Felipe, do Botafogo, que comprou o livro e vai me ajudar a divulgá-lo entre seus pares. Prestem atenção nesse menino, já é meu ídolo (e ele disse que era meu fã!).
Beijos!
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