Machado de Assis, crítico da imprensa
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Cento e sessenta anos atrás, o mais importante escritor brasileiro de todos os tempos escrevia crônicas para os principais veículos de comunicação de sua época. Machado de Assis se dividia entre o que chamava “palmas e piparotes”. Inicialmente, a saudação à função social do jornal como meio de informação e formação dos leitores. Com o andar da carruagem, a crítica ao que percebia como defesa de interesses políticos e econômicos, o desvio rumo ao sensacionalismo, a parcialidade no lugar do rigor da notícia. O poeta, jornalista e professor Marcos Fabrício Lopes da Silva investigou todas as crônicas do autor de Dom Casmurro sobre o tema num período de 40 anos para compor Machado de Assis, crítico da imprensa, este estudo atualíssimo que o leitor tem agora em mãos. Vale cada página, cada observação, cada citação.
GTIN: 9786588256299
NMC: 4901.99.00
Edição: 1ª Edição
Data de publicação: 11/10/2023
Tipo de produto: Livro brochura (paperback), Com orelhas
Conteúdo do produto: Texto
Número de páginas: 236
Descrição do Público-alvo: Jovens e Adultos
Segmentação: Geral
Machado de Assis, crítico da imprensa é um livro de pesquisa cujo estágio inicial se deu como dissertação de mestrado aprovada na Faculdade de Letras da UFMG em 2005. Para sua publicação 18 anos depois, a Outubro Edições preservou intactas as importantes observações anotadas por Marcos Fabrício Lopes da Silva, seu texto fluido e denso, mas tentou fugir um pouco ao tom acadêmico que usualmente teses e dissertações costumam apresentar. Foi fácil. Marcos Fabrício é jornalista e poeta, o que de cara traz para seu texto outro tom, outras palavras.
Era um sonho nosso publicar uma obra de Marcos Fabrício. Amigo de saraus, planos, projetos, sonhos e invencionices, poeta que admiramos e com quem dividimos palcos e microfones no delicioso trabalho de levar a boa literatura “aonde o povo está”, confessamos uma ponta de inveja ao vê-lo lançar, com a proficuidade que o marca, livro após livro, nos quais comenta, em versos, sua vida interior em compasso com a dura realidade vivida pelo país, sobretudo durante a maré obscurantista que nos isolou, atormentou, amedrontou, desesperou.
Neste trabalho iniciado pelo escritor há 18 anos há uma atualidade impressionante. Jornalistas, ambos, nos preocupamos com os descaminhos do ofício pelo qual tanto lutamos. E é um alívio encontrar em Machado de Assis, 120 anos atrás, empolgação com as possibilidades políticas e civilizatórias de uma boa imprensa e, ao mesmo tempo, crítica aos desvios impostos aos veículos por interesses econômicos e políticos que nada têm a ver com a função que imaginamos para eles: o serviço ao público, a formação e a informação cidadãs.
Com Machado de Assis, crítico da imprensa, então, casamos duas realizações que motivam nosso orgulho e alegria: o encontro com o texto inteligente e preciso de Marcos Fabrício Lopes da Silva e a análise isenta e atual do jornalismo feita pelo maior escritor brasileiro de todos os tempos.
Clara Arreguy, jornalista, escritora e editora
Autor(a) ,
Marcos Fabrício Lopes da Silva
Marcos Fabrício Lopes da Silva nasceu em Brasília em 1979. Mestre e doutor em Estudos Literários pela Faculdade de Letras da UFMG, bacharel em Comunicação Social pelo UniCEUB, é jornalista, professor, pesquisador e palestrante. Poeta, escritor, performer e organizador de projetos culturais, coordena o Sarau Marcante ao lado de Nathan Kacowicz desde 2019. Tem 11 livros de poesia publicados, entre os quais Dezlokado, Zumbi dos ipês e Pedregozo. Integra as coletâneas Literatura e afrodescendência no Brasil, Literatura afro-brasileira: 100 autores do século XVIII ao XXI e Africanidades e relações raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil, além do livro O direito social ao cuidado: pessoas com deficiência, autistas, idosas, com outras condições e seus cuidadores, com Deusina Lopes da Cruz e Carlos Felipe Lopes da Silva.
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