Ano termina, ano começa, e eu ainda devo alguns comentários dos últimos dias que não tive tempo pra fazer. São dois filmes: o “Blue Jasmine”, de Woody Allen, e “O Hobbit: a desolação de Smaug”, de Peter Jackson.
Sobre Woody Allen sou supersuspeita, porque amo o cinema desse nova-iorquino maluco, seja em suas feições mais dramáticas e filosóficas, seja nas comédias mais rasgadas. “Blue Jasmine” é um dos filmes mais dramáticos que já vi de Allen; sintonizado com nossos tempos, retrata de forma impecável a desagregação emocional de uma mulher que vai da alta burguesia corrupta às vizinhanças da classe média mais fuleira.
Cate Blanchett, uma das atrizes mais completas da atualidade, dá tanta veracidade à personagem que o espectador chega a se compadecer da perua, “vítima” de um marido corrupto e galinha. Com sua empáfia de menina mimada, ela tenta sobreviver à decadência e ao escândalo, usando as armas de que dispõe.
Já Sally Hawkins, que faz a irmã de Jasmine (as duas na foto), também brilha num papel em tudo oposto ao de Blanchett, a pobretona sem glamour e chegada em situações que têm tudo pra dar errado.
O filme é ácido, crítico, tirando do espectador poucas risadas – considerando-se o diretor – e muita reflexão.
Quanto ao segundo episódio da saga do Hobbit (foto) segue na mesma toada do primeiro, conduzindo a aventura dos anões em busca de seu reino perdido. Neste eles continuam fugindo de orcs, enfrentando mistérios, contando, sem querer, com a ajuda de elfos, até dar com o famoso dragão. Para infelicidade dos desavisados, quando o bicho literalmente vai pegar… lembramos que ainda falta um episódio… Ou seja, aguarde…
Bom, de qualquer maneira, tem aventura, ritmo, efeitos, romance, tramas e entrelaces…
Beijões de feliz 2014!
Posts recomendadosVer Todos
Delicada e forte carpintaria literária
Diferentes emoções numa impressionante coleção de contos
Silêncio! Precisamos ouvir o canto da iara
Nas alturas escarpadas da estética
Falta de pensamento e de contato com a realidade, e a canalhice de sempre
Meu mais novo amigo de infância