Estive esses dias envolvida em poesia até a alma. Primeiro, li o Meiaoito, do Turiba, e depois O bagaço da laranja, do Nicolas Behr, ambos poetas de Brasília (nascidos em outras plagas, mas poetas de Brasília).
Cada um a seu modo me encantou e envolveu. Turiba faz um inventário de emoções, dores e delícias dos anos 60, quando ditadura e amor livre faziam o contraponto dialético para um tempo de tanto fechamento e de tanto encontro de caminhos. Em outro grande e importante poema, celebra o coração, não o metafórico, mas o “órgão propulsor” de que falava Noel. Tudo motivado por um enfarte que o acamou e apaziguou com o próprio coração.
Já Nicolas seleciona versos líricos, ecológicos e de amor e crítica à cidade, ao cerrado, ao Planalto, com ironia apaixonada, leveza e a ligeireza de um cronista poético.
Por tudo isso, fiquei feliz. E descobri que fazia mais de 30 anos que não escrevia versos. Aí escrevi um poema. E era o Dia do Poeta. No próximo post, o resultado de tudo isso.
Beijos!
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