A cultura de Minas e do Brasil está de luto pela morte do jornalista Alécio Cunha, sábado passado, de complicações após um aneurisma que o deixou em coma por quase dois meses. Alécio foi um grande companheiro de batalhas pela arte e pela cultura, não só de Minas, como universal. Crítico e repórter do jornal Hoje em Dia, empolgado com a literatura, compartilhamos algumas coberturas em que ele manifestava garra e ânimo vívido. Lembro-me particularmente de duas: a Bienal do Livro de São Paulo, em 2004, pouco antes de eu trocar Belo Horizonte por Brasília, e a Feira do Livro de BH, quando eu já estava em Brasília, mas tivemos um encontro alegre e profícuo.
Com aquela energia que o marcava, Alécio gostou do meu primeiro romance, Segunda divisão. Fez uma linda matéria, que pode ser vista na seção de clipping deste site (o link é www.clara-arreguy.com/clipping/hd-22ago05.htm), após uma leitura crítica e atenta e uma entrevista inteligente, como não poderia deixar de ser.
Ótimo papo, ótimo colega, ótimo profissional. Uma perda lastimável, ainda mais considerando que tinha apenas 40 anos, muitos livros a ler e escrever, muita estrada a percorrer. Pelo que deixou de amigos e lembranças, foi daquelas pessoas que não passaram a vida em branco. Fez valer cada segundo.
Valeu, Alécio! Deixará saudades!