As polêmicas que Quentin Tarantino provoca nunca vão ter fim, mas sigo achando sua cinematografia de primeira, como é o caso de “Django Livre”, um faroeste arrebatador.
Desta vez as controvérsias se dão em torno da escravidão e do suposto desrespeito do diretor para com o povo negro. Discordo que haja qualquer desrespeito no filme. Pelo contrário.
Ao situar a saga do herói nos estertores da escravidão nos Estados Unidos, Tarantino expõe os horrores de um tempo em que a desumanidade imperava. Compõe um verdadeiro tratado sobre a crueldade – e, nesse ponto, não importa sua origem social ou racial, estamos todos sujeitos à maldade.
Personagens e atores, Django (Jamie Foxx), Schultz (Christoph Waltz), Calvin Candie (Leonardo DiCaprio, com Foxx na foto de divulgação) e Stephen (Samuel L. Jackson) são antológicos. Grandes trabalhos sobre um história forte e chocante.
Ok, é violento demais, e tem cenas em que prefiro fechar os olhos. Mas a violência psicológica é a mais forte, e quanto a isso não há para onde fugir, uma vez que a situação de tortura, humilhação e escárnio existiu e, infelizmente, ainda existe em várias partes do planeta. Precisamos denunciá-las e combatê-las.
Fico com os que preferem engolir o sapo do sangue que esguicha a fechar os olhos para o lado ruim da gente. Prefiro saber.
Beijocos!
Otimo comentario.
Quero ver o filme. Ainda mais que, pessoas da minha idade, foram iniciadas no cinema com os faroestes.
Bj.
Terezinha
Valeu, Terezinha! Beijo!