Fui conferir o trabalho que deu o Oscar de melhor ator a Jeff Bridges, Coração louco, e fiquei na dúvida sobre o merecimento dele. Ok, o desempenho do ator como o cantor de country rock alcoólatra e largadão é muito bom, mas seria melhor que o de Morgan Freeman como Mandela? Sei não…
Bom, de qualquer maneira, Jeff Bridges enche os olhos pela composição de Bad Blake, o roqueiro caidaço que acaba se envolvendo com uma mulher doce (a dulcíssima Maggie Gyllenhaal, irmã do também ótimo Jake Gyllenhaal) e deixando sua vida de “sem destino” se atravessar de novo pelo amor.
No filme, a mensagem edificante do alcoólatra em busca da sobriedade soaria chata se não ficasse para bem depois das muitas aprontações de Bad. Não há excessos nem lições moralistas. A decadência faz parte da realidade de quem se entrega ao vício, e negar o fato é que seria distorcer.
O melhor, mesmo, no fim das contas, é a música. A arte é como o amor: por meio dela a vida sobrevive, a superação é possível. Ao som da poesia verdadeira, cantada e tocada com a alma.
Beijos!
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