Percurso do círculo é nome do livro que a Contraponto, de Florianópolis, acaba de lançar, contendo vida e obra do artista plástico catarinense Luiz Henrique Schwanke (1951-1992).
Com farto material iconográfico e densos estudos, o livro acompanha a curta, porém rica, trajetória de Schwanke, que foi desenhista, pintor, escultor e criador de uma obra de mais de 5 mil criações em 20 e poucos anos de carreira.
Schwanke era prolífico e imaginoso, obcecado pelas questões da luz, inventivo e inovador, a ponto de ter lançado, na Bienal de São Paulo de 1991, o famoso Cubo de Luz, uma instalação que reunia holofotes de estádio de futebol num espaço em que a luz fosse concentrada com tal intensidade que punha em risco o espaço aéreo.
O livro reúne reproduções da obra de Schwanke, assim como fotos do artista (a maioria registrada pelo meu companheiro, Paulo de Araújo, de quem era amigo e parceiro em vários trabalhos).
Schwanke escrevia muito, refletia sobre a criação, não apenas a sua, como a de seu tempo. Tinha conhecimentos, estudos, era também analisado por críticos e estudiosos. Recebeu os principais prêmios dos anos 80, inclusive no Salão de Arte de Belo Horizonte, além de ter feito exposições memoráveis em espaços públicos e privados do Rio, de São Paulo, no Paraná, em Santa Catarina e por aí afora.
Schwanke se matou em 1992, num episódio chocante não apenas para quem o conheceu e com ele partilhou inquietações, mas também para o mundo das artes plásticas. A C/Arte, de BH, também prepara um livro sobre sua obra.
Beijos!
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