Um dos meus autores de romances policiais prediletos é o sueco Henning Mankel. Dele, a Companhia das Letras acaba de lançar O que homem que sorria, nova aventura do inspetor Kurt Walander. Desta vez, ele começa a história deprimido porque, um ano antes, matou um homem (pela primeira vez) e, afastado da polícia durante todo esse período, decidiu abandonar a corporação. A morte de dois advogados, pai e filho, porém, irá alterar os rumos da vida de Walander, que se sente impelido a retornar à delegacia e comandar as difíceis investigações do caso. Mais uma vez, Mankel trabalha a questão policial tendo como pano de fundo as transformações sociais, principalmente de sua Suécia, cuja qualidade de vida se viu, nas décadas mais recentes, atingida em cheio pela globalização – da violência, da criminalidade, da falta de limites para os podres poderes econômicos. Leitura de alto nível, como sempre.
Beijinhos!
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