Viagens espaciais sempre fascinaram a minha geração, que cresceu entre Apolo 11 e Yuri Gagarin, sonhos de conquistar, mais que o mundo, o universo. Quando vi o trêiler do filme “Gravidade”, fiquei dividida entre a aventura de ficção e o medo da claustrofobia que costuma me atacar diante de certas possibilidades. Até que li críticas superpositivas, outras menos, e resolvi encarar o suspense.
Que filmaço! O diretor mexicano Alfonso Cuarón constrói, mais que um suspense, uma narrativa essencialmente cinematográfica, com apenas dois atores e uma ambientação pra lá de angustiante. Longos planos-sequência, interpretação muitas vezes resumida à voz, efeitos sensacionais, “Gravidade” mostra dois astronautas tentando sobreviver a uma situação-limite lá fora, no espaço sideral.
Sandra Bullock é a cientista assustada; George Clooney, o piloto intrépido. Os dois são colhidos por uma chuva de destroços que, para completar, os deixa sem nave e sem comunicação com a Terra. Correndo contra o relógio, terão que dar um jeito de alcançar as bases espaciais russa e chinesa para tentar voltar ao planeta, enquanto os destroços seguem sua órbita e o oxigênio acaba.
Com poucos elementos, muita tensão e emoção, o filme quase não te permite respirar. Mas nós, espectadores, nos salvamos e podemos curtir uma aventura como há muito tempo não se via.
Beijocos!
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