É em clima de animê que transcorre a nova aventura do X-Man Wolverine, “Imortal”. Toda a trama se passa no Japão, onde, no dia da bomba atômica sobre Nagasaki, Logan salva um soldado honrado. Nos tempos “atuais”, Logan deprimido e autoexilado, fazendo justiça no máximo a um urso, ele é encontrado por uma agente de poderoso industrial japonês. Claro que se trata da mesma pessoa, décadas depois. Ele precisa de Logan e aí começam os problemas…

Com duas heroínas interessantes, japonesinhas – uma neta do industrial, toda delicadeza e inteligência, a outra uma mutante boa de briga criada pela família rica -, a trama envolve boas doses de discussão sobre vida e morte, poder e felicidade, dor e sacrifício, as agruras da imortalidade, mas tem seus momentos de pura ação, com pancada para todo gosto. Principalmente por meio de um exército de ninjas, efeitos especiais, grande número de vilões, uma linda mutante com língua de víbora, os recursos de sempre no universo X-Man.

O filme divide opiniões entre quem acha que faltou ação e sobrou filosofia e quem gosta de heróis que pensam. Fico com esses últimos. Logan/Wolverine parece um samurai, ou um ronin, um samurai sem senhor. Tem carisma, charme, substância. Dorme mal, sofre pesadelos, enche a cara. Pune-se por culpas que tem e que não tem. Enfim, é um herói irresistível.

Beijus!

PS – Ah, não saia da sala antes do fim dos créditos. Tem PS no filme…