Ando tão em falta com meu blog que não contei sequer os últimos livros lidos. Então, vamos lá, à la Jack o Estripador (por partes):

 – Li vários dos livros que me foram dados pelo grande amigo, grande intelectual gaúcho (santa-mariense) Humberto Gabbi Zanatta. Entre eles, “Bem-vindos ao inferno”, a coletânea de crônicas sobre o Internacional – com licença dos companheiros gremistas. Pra colorados é o paraíso, mas todos sabem que sou só atleticana, mas para quem gosta de futebol vale a leitura bem-humorada, divertida, cheia de lances de emoção como só o futebol proporciona. Tem textos do próprio Zanatta, de Marcelo Canellas, Dilan Camargo, Athos Ronaldo Miralha da Cunha, Maiquel Rosauro e Pedro Brum Santos. Edição da Rio das Letras.

 – De Zanatta, também, em parceria com o ilustrador e editor Byrata, o infantil “O cabrito Agapito”, delicioso, para crianças e para gente grande que ainda não cresceu (como eu). Rio das Letras também.

 – De outro gaúcho que não tinha ainda nas minhas leituras, Menalton Braff, li o romance “Castelos de Papel”, da Nova Fronteira, e me emocionei com sua narrativa profunda. Numa história curta, ele disseca as relações familiares, profissionais, éticas e políticas, no microcosmo formado pela família de Alberto. Passado, presente e futuro em luta na alma de um velho em crise.

 – Depois da viagem pela obra-prima “O crime do Padre Amaro”, voltei a Eça de Queirós com o opúsculo “Cartas d’amor” (Garamond), reunião de missivas românticas assinadas pelo personagem Fradique, criado pelo escritor português. Reunidas, elas formam um pequeno romance, com um derramamento inesperado mas uma ironia típica do mestre.

 – Do meu amigo e outro escritor de mão cheia, o mineiro João Batista Melo, o pequeno (em formato bem pequenininho mesmo), mas ótimo “Descobrimentos” (Devir) reúne três contos com releituras muito pessoais de eventos históricos.

 – Mais dois mineiros: de Jovino Machado, li o volume de poemas “Meu bar, meu lar”, declaração de amor à boêmia, ao seu “jeito bêbado de ser”, no tom que apenas os poetas sabem. É a segunda edição, do autor.

– Por fim, mas não menos intenso, o volume de contos curtíssimos “Estórias mínimas”, de José Rezende Jr. (7Letras), em que o premiado escritor mineiro de Aimorés e radicado em Brasília resume aos 140 toques do Twitter as narrativas. São histórias, fortes, incríveis, recheadas de dramaticidade e cor, que revelam o domínio técnico de um mestre.

Ufa! Beijos!