Desde que o Tiago Faria me apresentou a literatura de Paul Auster, com O caderno vermelho, me senti livre para novas experimentações literárias. Comecei a escrever coisas inspiradas nele – mas não necessariamente com o mesmo tema ou estilo. Agora acabo de ler a Trilogia de Nova York, dele, com as histórias “Cidade de vidro”, “Fantasmas” e “O quarto fechado”, cada qual mais impressionante que a outra – a terceira, sensacional, culminando um livro perfeito.
O que mais mexe comigo é como ele transita entre a experiência vivida e a inventada, costurando as coisas como uma só, e que é o grande barato de quem escreve. Eu, pelo menos, surfo nessa onda. E cada vez mais.
Nessas três novelas, Paul Auster é personagem e autor, mas nunca é ele mesmo e sim a recriação feita por um personagem inspirado por um fato que de fato lhe aconteceu. Complicado? Nem tanto. Delicioso. Como escreve bem! E como mergulha em situações especulares, propondo reflexões fundas e intrigantes. Experimentem!
Beijos!
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