Esses dias apertou a saudade do Zenriques, que ontem completaria 61 anos (vida curta e intensa, com apenas 51 completados) e do Zezinho (que morreu na mesma idade que o Zenriques, dois anos depois). Publico então, para os Zés, a letra de uma balada de outro Zé, o Rodrix, que se foi no ano passado. É Jesus numa moto.

Preso nesta cela
De ossos, carne e sangue,
Dando ordens a quem não sabe,
Obedecendo a quem tem,
Só espero a hora,
Nem que o mundo estanque,
Pra me aproveitar do conforto,
De não ser mais ninguém.

Eu vou virar a própria mesa,
Quero uivar numa nova alcateia,
Vou meter um Marlon Brando nas ideias
E sair por aí,
Pra ser Jesus numa moto,
Che Guevara dos acostamentos,
Bob Dylan numa antiga foto,
Cassius Clay antes dos tratamentos,
John Lennon de outras estradas,
Easy rider, dúvida e eclipse,
São Tomé das Letras apagadas,
E arcanjo Gabriel sem apocalipse.

Nada no passado,
Tudo no futuro,
Espalhando o que já está morto
Pro que é vivo crescer
Sob a luz da lua,
Mesmo com sol claro,
Não importa o preço que eu pague,
O meu negócio é viver

Eu vou virar a própria mesa,
Quero uivar numa nova alcateia,
Vou meter um Marlon Brando nas ideias
E sair por aí,
Pra ser Jesus numa moto,
Che Guevara dos acostamentos,
Bob Dylan numa antiga foto,
Cassius Clay antes dos tratamentos,
John Lennon de outras estradas,
Easy rider, dúvida e eclipse,
São Tomé das Letras apagadas,
E arcanjo Gabriel sem apocalipse…