A cidade dos vidros é outro romance policial de Arnaldur Indridason, aquele islandês que comentei, autor de O silêncio do túmulo. Neste livro, a história se passa pouco antes daquele anterior. O agente Erlendur às voltas com investigações e com os problemas familiares, principalmente porque sua filha é viciada em drogas e anda metida com os tipos mais violentos. E agora descobre que está grávida – no outro livro, a gravidez já estava avançada.
Em A cidade dos vidros, o assassinato de um homem desencadeia a investigação de um estupro ocorrido 40 anos antes, a morte de uma menininha, provavelmente filha do estuprador, e uma série de relações intrincadas.
Como todo bom romance policial, o investigador é inteligente, sensível, intuitivo, e decadente. Nunca toma banho, mal troca de roupa, toma chuva e passa frio enquanto não arruma jeito de dormir ou de comer algo que preste. Solidão, degradação, os ingredientes que fazem o charme dos melhores agentes da lei são também as características de Erlendur. E há também a descrição de um ambiente pouco conhecido de um país gelado do norte.
Aquele tipo de aventura que se lê com rapidez e facilidade.
Beijos!
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