E pra não perder o costume de um romance policial entre uma coisa e outra, e pra não perder a veia dos nórdicos que dominam pelo menos a minha leitura, terminei O Segredo do Lago, do islandês Arnaldur Indridason. Já comentei o autor aqui. É daqueles ótimos, em que a trama mescla crime, história e política. Neste caso, um corpo que aparece com o esvaziamento de uma lagoa e que remete à Guerra Fria, à espionagem entre países da esfera capitalista e os da esfera soviética, em particular a Alemanha Oriental, onde boa parte da trama se desenvolve.

O protagonista é conhecido dos leitores de Indridason, o policial Erlendur, atormentado pelo passado, pelo presente e pelo futuro. Quando criança, viu seu irmão desaparecer na neve. Adulto, largou mulher e filhos. Hoje, sua filha é viciada em drogas, clama por socorro nas situações-limite, e ele não sabe o que e como dar a ela. Ainda por cima, ele está numa quase relação com uma mulher casada que lhe desperta afetos adormecidos.

Ô trem bom que é ler um bom policial, bem escrito, bem tramado, fluente e no qual se aprende sobre realidades tão distantes da nossa!

Beijocas, pois!

4 thoughts on “Os nórdicos, sempre eles

  1. Lu Amado says:

    Prima, também adoro romances policiais! Já faz tempo que quero uma boa indicação, pois fiquei órfã com o falecimento do Stieg Larssen (sou fã da trilogia Millennium!). Vou procurar este autor e depois te conto o que achei. Bjocas, Lu Amado

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