Durante muitos anos tive como atores prediletos Robert De Niro e Al Pacino. A dúvida sobre qual dos dois era o preferido perdurou até que De Niro enveredou por um caminho de caretas e interpretações pouco convincentes, enquanto Pacino se esmerava em grandes trabalhos (em que pese certe repetitividade naquele sestro de usar a rouquidão da voz como recurso dramático). Depois, meu coração foi tomado por outros grandes nomes, como Morgan Freeman e Anthony Hopkins, pra citar só dois gigantes, e as coisas se tornaram mais complexas. Esse intróito todo foi para aplaudir o primeiro verdadeiro encontro deles (já que no Poderoso chefão foram pai e filho em momentos distintos, sem se encontrar, e em Fogo contra fogo contracenaram em apenas uma cena), em As duas faces da lei. Nos papéis de parceiros em quase 30 anos de DP, eles realmente duelam (meu coração ainda pende para Pacino), mas o equilíbrio é evidente. O filme é bom, a trama tem um quê de Donatela e Flora, mas, numa estrutura de policial clássico, o resultado é de bom nível.
E beijocas!
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