Depois que cheguei ao Brasil vindo do Caminho de Santiago, onde pedalei em agosto, aprofundei algumas pesquisas para talvez escrever algo sobre o assunto. Isso me obrigou a ler dois livros: O enigma de Compostela, de A. J. Barros (Geração Editorial) e O diário de um mago, de Paulo Coelho.
O primeiro é um policial com trama intrincada, cheia de complôs e seitas secretas, com crimes a cada passo da rota de peregrinação que sai da França e atravessa o norte da Espanha. Com referências históricas e místicas, o autor costura bem mitos e realidades ligadas à questão, de modo a prender o leitor ao longo de uma alentada composição – quase 500 páginas.
Já O diário de um mago, um dos romances mais famosos do escritor que mais vende livros no mundo, atém-se ao aspecto místico, também referenciando-se a seitas e invocações mágicas. Irregular em narrativa e fraco em acabamento, o livro passa de leve sobre o caminho propriamente, sem aquele tipo de informação que quem conhece reconhece. Na verdade, é chato. Deixa a desejar no que se refere ao Caminho.
Sigo atrás de coisas melhores.
Beijos!
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