Um livro interessante e diferente que li nos últimos dias foi “Na escuridão não existe cor-de-rosa” (Editora Patuá), de Cinthia Kriemler, uma autora brasiliense de origem carioca, que escreve poesia e prosa, mas neste volume reúne contos tendo a perspectiva feminina como linha principal.
O título diz bem do que o leitor tem pela frente: histórias em que predomina o lado escuro, pesado e violento, principalmente da realidade de mulheres atingidas pela violência – doméstica ou não -, pela falta de lugar, de espaço num mundo masculino implacável.
Com linguagem tão seca quanto possível, Cinthia Kriemler constrói narrativas curtas e duras, em que uma nova mulher, protagonista e capaz de virar o jogo em seu favor, toma as rédeas até de situações mais improváveis.
Para embalar essas narrativas, a edição é primorosa, de cuidado com o conteúdo e projeto gráfico refinado.
Beijocas!
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