Foto: Divulgação/Sulekha Movies

Tinha razão – como sempre – o Tiago Faria nos elogios ao novo filme de Werner Herzog, traduzido no Brasil como Vício frenético. Com um desempenho magnífico de Nicolas Cage à frente do elenco (na foto, com a lindíssima Eva Mendes), a obra narra a história de um policial que, ao cometer uma boa ação (salvar um preso durante o furacão que arrasou Nova Orleans), fica com um problema físico que o leva a se viciar em todo tipo de droga e a corromper seus atos em nome do vício.

Num cenário devastado tanto do ponto de vista da natureza quanto no aspecto humano, o personagem central conduz a linha narrativa entre a degradação e alguma perspectiva de redenção, já que seu próprio pai, alcoólatra, está em reabilitação e esse parece ser um caminho possível para ele, a madrasta, também alcoólatra, e a namorada, prostituta e viciada como ele.

O enredo gira em torno de um assassinato quíntuplo de uma família de imigrantes africanos ilegais que interferiu nos negócios de um grande traficante de heroína. Com traficantes, mafiosos, bookmakers, policiais bons e maus em confronto sem heróis nem bandidos claramente definidos, Herzog compõe uma história ácida com pontadas de esperança, um belo filme com uma interpretação antológica de Cage, certamente candidata a prêmios.

Beijos!