O Clint Eastwood é um cara tão especial que seus filmes podem versar sobre qualquer tema – de qualquer jeito são sempre bons. Veja este Além da vida. Trata-se do manjado “vida após a morte”, mas sua abordagem é tão sutil, sensível, que não é preciso crer ou não crer. Basta curtir bom cinema.

Três histórias correm paralelas – até se encontrar, não no infinito, mas num roteiro consistente. A jornalista Marie escapa do tsunami no Pacífico (numa sequência impressionante de bem feita) e passa a sofrer uma inquietação incontrolável por ter vislumbrando “o lado de lá”. Sua vida sofre uma reviravolta quando ela troca a “seriedade” profissional para investigar o assunto.

Na Inglaterra, dois menininhos gêmeos enfrentam as agruras de uma mãe viciada em drogas, até que um deles morre e o sobrevivente perde o gosto da vida, enquanto não conseguir se desligar de sua outra metada.

Na América, um atormentado Matt Damon (foto) tenta se livrar do carma de ser vidente, com o poder de se comunicar com os mortos. “Não é um dom, é uma maldição”, garante ele ao irmão, que quer explorar financeiramente seu poder.

As vidas dos três se cruzam após peripécias deste e do outro mundo, num filme lento, delicado, com a marca da mão de Clint Eastwood.

Beijins!
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