Começou ontem a 46ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, evento tradicional e uma das melhores coisas que se tem a fazer na cidade todo ano. Ontem foi só a noite de abertura, com concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, regida pelo maestro Cláudio Cohen. No programa, o compositor Erich Wolfgang Korngold com solo de violino do austríaco Benjamin Schmid. Ele e seu Stradivarius deram show (confira na foto de Paulo de Araújo).
O filme apresentado também emocionou. “Revelando Sebastião Salgado”, de Betse de Paula, trouxe um belo perfil do fotógrafo mineiro radicado na França há mais de 40 anos. Dono de um trabalho social que não conhece fronteiras, Salgado tem também uma história de vida curiosa e rica, cheia de lances de tensão, emoção e humor.
O documentário passeia pelas fases profissionais de sua vida, do início meio casual ao ofício de fotojornalista e, mais recentemente, aos temas que renderam seus grandes ensaios: a terra, o trabalho, as migrações, e agora a natureza. Este reúne tanto as fotografias do planeta a ser preservado quanto o Instituto Terra, por meio do qual Salgado e sua mulher Lélia replantaram a mata atlântica na fazenda da família, em Aimorés, e atuam na militância ambiental.
Nada de inovador no filme, mas a história e as fotos de Sebastião Salgado falam por si. De hoje em diante, o Cine Brasília, reformado, volta a receber o festival que o brasiliense mais ama. Vamos lá!
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