Diferentemente de outros anos, em que cobríamos o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro quase 24 horas por dia, este ano não pudemos ir senão a duas sessões: a Mostra Brasília de sábado à tarde e a competitiva de domingo à noite.

Na primeira, as melhores surpresas: o longa “Sob o signo da poesia”, de Neto Borges (artistas e artes apaixonadas sobre a capital federal), e os curtas “Cidadão de Limpeza Urbana”, de Lucas Madureira e Thandara Yung (bela homenagem aos garis), “Kinólatras”, de Gustavo Serrate, Tiago Belotti e Rodrigo Luiz Martins (cineastas duros fazendo piada com a própria situação), “Vida Kalunga”, de Betânia Victor Veiga (uma reportagem sobre os kalungas de Cavalcante, que se encerra com a mostra de fotos do Paulo de Araújo no Vão das Almas) e “A jangada de raiz”, de Edson Fogaça (sobre técnica rudimentar de construção de jangada com raízes de uma árvore no Ceará).

Deixei para o fim o melhor: o curta “Meu amigo Nietzsche” (foto de divulgação), de Fáuston da Silva, uma linda história sobre um menino, analfabeto funcional, que descobre o clássico “Assim falava Zaratustra” e, a partir daí, aprende a pensar, filosofar e transformar a própria vida. Foi o grande vencedor do festival deste ano, nas categorias da Mostra Brasília, inclusive com os prêmios de melhor filme do júri e do voto popular.

Da competitiva, vi apenas a animação “Destimação”, o curta “Menino peixe” e o longa “Esse amor que nos consome”, que não chegaram a empolgar.

Beijocas!