Sei que estou atrasada, mas o 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terminou na terça (22) e só hoje posso dar um balanço do que vi e destaquei. Como sempre, a festa, o encontro, a celebração da arte e da produção local, em especial de Brasília. Mas vamos lá:

– Tarântula (curta de Aly Muritiba e Marja Calafange, PR) – Não entrei na sintonia.

– Rapsódia para o homem negro (curta de Gabriel Martins, MG) – Também achei fraco, embora o tema seja interessante e tenha elenco mineiro que conheço. A trilha sonora foi premiada.

– Fome (longa de Cristiano Burlan, SP) – Tendo o tema dos moradores de rua, daria um bom curta. Arrastado em excesso.

– Ninguém nasce no paraíso (curta de Alan Schvarberg, DF) – Interessante documentário sobre a falta de equipamento e pessoal que impede a realização de partos em Fernando de Noronha. Ganhou prêmios.

– Asfalto (curta de Márcio de Andrade, DF) – Viagem visual pelas ruas de Brasília. Gostei.

– O outro lado do paraíso (longa de André Ristum, DF, foto) – prêmio merecido do júri popular entre as produções brasilienses, além de vários outros troféus. Ótimo drama baseado na obra de Luiz Fernando Emediato, sobre sua infância e seu pai. O sonho da utopia de Brasília esbarra na dura realidade dos primeiros candangos, a miséria, a injustiça, o golpe militar. O menino narrador e sua paixão pelos livros e pelo idealismo paterno emocionaram a plateia, ao lado das boas interpretações do elenco, liderado por Du Moscovis.