Foi um anticlímax o último longa da mostra competitiva do Festival de Cinema de Brasília, na segunda-feira. Vigias, de Marcelo Lordello (PE), gastou filme demais para acompanhar a noite de alguns seguranças de prédios de Recife. Dialogando com outros longas apresentados na mostra, este se estende pelo vazio e a solidão dos personagens que enfoca. E só ganha fôlego quando o dia amanhece e a câmera acompanha, quase desolada, a ida embora dos profissionais para casa, deixando atrás de si os medos e mistérios do mundo noturno.
Antes, um curta mineiro, o único de animação do festival, empolgou a plateia. O céu no andar de baixo, de Leonardo Cata Preta, foi feliz no roteiro, nos desenhos e no trabalho sonoro, a narração e interpretação de Eduardo Moreira, ator do Galpão. Já o carioca Custo zero, de Leonardo Pirovano, não obteve a mesma felicidade. O tema, a violência urbana no Rio de Janeiro, tinha tudo para encontrar eco nos acontecimentos dos últimos dias (ocupação do Complexo do Alemão, principalmente), mas esbarrou na falta de melhor domínio da linguagem cinematográfica.
E hoje tudo se acabou. Beijos!
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