Um filme diferente este Amor sem escalas, de Jason Reitman (diretor de Juno e Obrigado por fumar), em que George Clooney faz o papel de um profissional da demissão alheia. O protagonista não só tem o cargo de demitir em massa as pessoas, tentando adoçar o veneno, como faz disso um estilo de vida. Ele não se liga a ninguém, não mora em lugar nenhum, passa a vida voando de lá pra cá, pelo país, acumulando milhas e vivendo encontros casuais. Mas tudo isso está prestes a acabar por causa de uma ideia mais “moderna”: a demissão por teleconferência.
O encontro com Natalie, a moça que idealizou o novo método (Anna Kendrick) e com Alex (Vera Farmiga), uma versão dele mesmo (só que “com vagina”, como ela se define), altera seus antigos postulados, fazendo-o rever o estilo de vida frio e solitário que adotara como meio de se proteger da vida.
Embora recorra até a entrevistas “reais”, com não atores, o filme é sutil, sem obviedades, inteligente, dá seu recado em tempos de crise global sem fazer discurso. E tem desempenhos bem convincentes, principalmente do trio central. Ótimo.
Beijos!
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