Pra quem avisou que faria um “breve intervalo”, passei tempo demais sem atualizar esse nosso papo. Desculpem-me, foi mais excesso de ocupação na volta das férias do que falta do que falar. Mesmo porque, li bastante durante o período do descanso, então assunto não é o problema. Pra não amolar ninguém com dezenas de posts retroativos, vou fazer um resumo geral e deixo pra posts maiores os assuntos mais importantes:

– pra relaxar da “alta literatura”, li nas férias a trilogia “Jogos Vorazes”, de Suzanne Collins, que tem “Em Chamas” a “A Esperança” como segundo e terceiro títulos. Trata-se de uma história juvenil que agrada bem a adultos, por tratar de uma distopia política marcada por um regime totalitário, controlador, explorador, e de um grupo de heróis, no qual pontificam os jovens Katniss, Peeta e Gale. Heroísmo e romantismo dão o tom em uma narrativa ágil e cheia de emoção. Enquanto pedalava no Caminho de Compostela e a juventude brasileira se manifestava nas ruas, a trilogia me abasteceu de sonhos juvenis. Não vi os filmes baseados nos livros.

– em seguida, foi a vez de um romance policial, pra não perder o costume. “Estrada Escura”, de Dennis Lehane, reúne novamente personagens conhecidos dos leitores do autor de “Gone Baby Gone”: Patrick Kenzie, sua mulher Angie, o amigo Bubba… Alguns anos depois da aventura anterior, o casal de investigadores mudou, tem uma filha pequena, planos de viver outra vida, mas o mesmo sentido ético de buscar o que é justo, a mesma ironia cáustica, o mesmo destemor diante da brutalidade que os cerca, querendo eles ou não. Ótima leitura, sempre.

– o terceiro comentário é sobre um filme que me pegou desprevenida, voltando de férias e sem saber do que se tratava direito: “Guerra Mundial Z” (foto). Detestei. Que preguiça, gente, um filme que poderia ser uma boa ficção de fim de mundo ou terceira guerra mundial fazer isso com zumbis patéticos e obviedade atrás de obviedade. Pobre Brad Pitt! Fica lá, tentando salvar o mundo e, claro que não vou dizer que salva, mas salva, salva. É tão ruim que não dá nem medo. Ainda bem.