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Assim trata os adolescentes a diretora Laís Bodanzky, de As melhores coisas do mundo, seu novo filme. Todo focado no universo dos jovens de classe média num colégio atual, ela consegue trazer a linguagem contemporânea desse segmento, em que celular, internet, blog e câmeras digitais são o dia a dia, ao lado de preconceitos, zoações e azarações.

Mano (Francisco Miguez) está no centro do enredo. Aos 15 anos, preocupa-se com a timidez que o impede de chegar numa menina, arrumar uma namorada ou perder a virgindade. Ele e seu irmão Pedro veem o casamento dos pais ruir e, para seu choque, o pai assumir a homossexualidade. Na escola, que não perdoa “sapatas” e meninas “fáceis”, o blog da fofoqueira está de olho em quem será a próxima vítima.

Até que Mano processe o que se passa em sua vida afetiva, Pedro (Fiuk, o lindo filho de Fábio Jr.) também desmorona.

Como em todas as suas produções anteriores (Bicho de sete cabeças e Chega de saudade), Laís Bodanzky trabalha com elenco competentíssimo e bem dirigido, caso de Denise Fraga, Zécarlos Machado, Caio Blat e da rapaziada. O filme é sério e criterioso para entrar no mundo juvenil, mas não é direcionado especialmente para jovens ou adultos. Todos que o virem terão o que refletir.

Beijos!