Uma combinação como essa do título não poderia resultar em nada menor que imenso. Assim é a sensação ao assistir a Invictus, o filme em que Clint Eastwood conta um episódio da vida de Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul, interpretado com maestria por Morgan Freeman. Não fosse por nada, a simples mistura de esporte e política já renderia uma discussão calorosa. Mas o filme – e a história – vão além.
Mandela acabara de se eleger presidente, no ponto crucial da superação do regime do apartheid, quando avizinha-se a Copa do Mundo de rúgbi e o time nacional, composto majoritariamente por brancos (um único jogador negro, de fato) desperta a paixão da torcida branca minoritária e o desprezo da maioria negra. O presidente, fã do esporte, consegue conquistar o time, por intermédio de seu capitão (bom trabalho também de Matt Damon), e envolver, por seu turno, toda a população do país, num exercício de perdão, compreensão, refundação da pátria a partir da negação do passado e da vingança em nome da afirmação de um novo tempo.
Muito muito bom. Trabalhos impecáveis. Clint domina como poucos a arte da narrativa cinematográfica, não escorregando para o dramalhão mas permitindo que as emoções aflorem.
Beijocas!
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