O bom de não estar na mídia diretamente é poder ler e comentar livros antigos, que não estão na pauta, apenas na estante. Caso daquele de contos da mitologia, que li recentemente, e agora de “Bangalô” (Editora 34, 128 páginas), de Marcelo Mirisola, um autor brasileiro premiado que eu nunca havia lido.
O romance foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom de 2004, é uma narrativa curta, curta e grossa, de um narrador em primeira pessoa que passa uma temporada de assombros e desassombros no bairro da Lagoa, em Florianópolis.
Perto do fundo do poço, de mal com a vida e o mundo, em guerra com passado, presente e futuro, ele se digladia com barquinhos, pores de sol, senhorio gay, mulheres. Em linguagem rascante, o escritor mergulha fundo no personagem e na ambiência, levando junto um leitor atordoado em envolvido por sua escrita crua e precisa como o corte de um bisturi.
Fui premiado não, Clara. Apenas uma indicação. Mas mereciané?.Um beijo,MM
Olá, Marcelo. Uma indicação dessas vale como prêmio. Dá selo na capa do livro, ajuda a divulgar, o que é sempre difícil… Beijão!