Não pude evitar chorar em várias cenas do filme Xingu, de Cao Hamburger. A trajetória dos irmãos Villas Bôas – principalmente de Orlando e Cláudio, mas também com a sofrida interrupção prematura da participação de Leonardo, o caçula deles, na luta em defesa dos índios – já seria digna de uma das mais heroicas páginas da história recente do Brasil. Mas o filme vai além e o faz com respeito, emoção, conteúdo.
Os atores João Miguel e Felipe Camargo fazem trabalhos estupendos na recriação dos irmãos, mas também Caio Blat (na foto de Divulgação/Beatriz Lefevre) e o elenco de apoio, inclusive os índios que interpretam, com a maior dignidade, as diferentes etnias presentes na região do Xingu.
A preservação da natureza e da cultura indígena, o amor aos semelhantes e diferentes, a entrega da vida em nome de um ideal, tudo encanta no filme. Cao Hamburger já havia dirigido o maravilhoso O ano em que meus pais saíram de férias e com Xingu confirma uma trajetória de talento e sensibilidade.
Beijos!
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