A 11ª edição da Flipiri – Festa Literária de Pirenópolis foi marcada por fortes emoções em todos os sentidos. Promovida pelo Instituto Casa de Autores e a prefeitura da cidade goiana, teve também apoio da Secretaria de Educação de Goiás, que mobilizou coordenadores de todas as suas regionais para degustarem as delícias de uma festa dedicada aos livros. Resultado: são diversos os municípios que anseiam por promover também em seus territórios eventos similares a esse, que já é uma tradição naquela cidade histórica.
Tudo começa com a itinerância dos autores por escolas da zona rural. Clara Arreguy esteve presente em duas, nas comunidades de Placa e Malhador. Ali os alunos trabalharam em torno de vários de seus livros e apresentaram encenações, releituras, homenagens que deixaram a escritora comovida às lágrimas.
Em outras programações, Clara ministrou um aulão sobre redação para alunos do Enem, dirigiu evento sobre o Mulherio das Letras, participou de dois saraus, interpretou o papel de Vinicius de Moraes e assistiu a diversos bate-papos sobre temas como literaturar e autismo, ilustração, adaptação pós-pandemia e vários outros.
A nota triste ficou pela perda da grande amiga e escritora Lucília Garcez, fundadora da Casa de Autores, uma das criadoras da Flipiri, pela qual trabalhou incansavelmente, inclusive nesta última edição. Lucília partiu no dia do início da festa. Sua ausência e os tributos que todos lhe renderam foram motivos de lágrimas e comoção geral. Ser humano especial e mestra de gerações, Lucília deixa saudades e lições para toda a vida.
Na foto, a escritora Liduína Bartholo e a homenagem a Lucília Garcez na abertura oficial da 11ª Flipiri, em 24 de setembro de 2021.
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